terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Resenha - 1984 de George Orwell

O blog anda devagar devido à minha mudança, então eu ando me arrastando um pouco na leitura. Maaaas, eu tinha conseguido emprestado esse livro e tive que dar uma corridinha pra poder devolvê-lo antes de viajar.

Então, 1984, juntamente com “A Revolução dos Bichos” imortalizou George Orwell na literatura mundial. Bom, eu sabia da importância, mas não conhecia a obra então eu não sabia exatamente o que esperar.

“Guerra é paz
Liberdade é escravidão
Ignorância é força”

1984 é uma obra profética, podemos dizer. Mas por que isso? O livro narra eventos que acontecem em 1984, sendo que ele foi escrito em 1948, sacaram?

O mundo agora está dividido em três grandes nações. Uma vive em uma suposta guerra entre a outra. Por que suposta? É aí que entra o totalitarismo da coisa. O mundo agora é controlado pelo que é chamado de Partido, que grosseiramente pode ser comparado ao Estado. E o Partido possui inúmeros ministérios e divisões que estabelecem uma política extremista e totalitária. Controlam o que está escrito nos jornais, nos livros, revistas, no que é dito sobre a tal “guerra”, controlam os pensamentos das pessoas, as vigiam constantemente... Lembranças do passado, da época que não existia o Partido não são permitidas.


Nesse clima praticamente apocalíptico está Winston, o protagonista. Winston é um camarada que trabalha em um desses ministérios do Partido e juntando as lembranças de sua infância, de uma época sem partido e com as coisas que ele presencia começam a despertar nele um desejo de libertação, um desejo de revolução, de escapar daquilo, de provar que o Partido tudo observa e tudo manipula.

“Não se revoltarão enquanto não se tornarem conscientes, e não se tornarão conscientes enquanto não se rebelarem.”

As teletelas (TVs que tudo observam e são capazes de se comunicar com as pessoas) são muito atentas e qualquer tentativa de Winston de não ser fiel ao Grande Irmão podem resultar em morte, tortura, um sumiço do mundo, então nosso protagonista precisa ser cauteloso em seus movimentos e também em seus pensamentos... Em quem confiar? Grande incógnita, não? Qualquer semelhança com o programa Big Brother não é mera coincidência, já que até o nome foi inspirado na obra de Orwell.

“O Grande Irmão é a forma com que o Partido resolveu se apresentar ao mundo.”

Não falarei mais nada além do livro, pois é uma leitura política obrigatória que serve muito para pensar no que somos como membros de uma sociedade, sobre o que aceitamos como verdade ou mentira e para onde o nosso mundo vai rumar se as coisas continuarem do jeito que são.

Recomendadíssimo!

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3 comentários:

  1. Uau, ótima resenha!
    Gostei do livro, ainda não conhecia, desse autor somente ouvia falar de "A revolução dos bichos"!
    Me deu vontade de ler, parece ser bem legal! o/
    Bjs,
    Isa.
    ~Portal dos livros

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  2. Estou lendo esse livro. É bem interessante, acho q as pessoas da minha cidade que tem a mente alienada deveriam ler essa obra...

    http://www.daniela-meucantinholiterario.blogspot.com/

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  3. estou lendo pela quarta vez, e leio pelo menos uma vez por ano, acho que esse livro não me deixa cair nos truques do mundo atual, é uma "libertação"

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