domingo, 17 de outubro de 2010

Resenha - Atlantis de David Gibbins

PhotobucketBom, acho que essa será a primeira resenha aqui do LemA que farei críticas bem duras a um livro.
Mas vamos por partes, espero ser coerente e justo em minhas críticas.


Comecemos pela capa que é LINDA! O fundo imita um mármore ou alguma pedra bem clara, bem bonito. No centro há um disco de hieróglifos ou o tipo de escrita descrita no livro, em letras douradas. E "Atlantis" está escrito em uma fonte verde e lisa, diferente do material dos hieroglifos. Resumindo, a capa vende um excelente produto!


Quanto à trama... Bom, não conheço o David Gibbins, mas esperava muito mais. Para mim, os mistérios mais interessantes jamais revelados são a Atlântida e o Santo Graal. Então, neste livro sobre a Atlântida, esperava informações técnicas, históricas e bastante fantasia envolvendo o mito e a civilização perdida.


Para quem não conhece nadica de nada, o mito da existência dessa cidade e civilização de avançadíssima tecnologia surgiu do um escrito do filósofo grego Platão e, desde então, acredita-se que uma civilização perdida possa, de fato, ter existido.


O que o Gibbins faz é uma grande mistureba de história egípcia, grega e de outras civilizações, dados teóricos, descobertas recentes e antigas para formar o background da trama. Até aí tudo bem, só que é uma enxurrada de informações até quase metade do livro. Então a trama não anda até este ponto.


Outro ponto falho são os personagens. Não têm carisma e ponto final. E não foram desenvolvidos durante a trama. E é uma pena.


Jack Howard, protagonista, o arqueólogo que busca Atlantis lembra um MacGyver, sabe fazer de tudo, se safa de tudo, se arrisca perigosamente e impulsivamente e sempre se dá bem no final. Tudo bem que ele é o herói da trama, mas não precisava parecer mais com um semi Deus do que com o Indiana Jones, o mais famoso arqueólogo do mundo, hehehe.



Depois da enxurrada de informações históricas que podem deixar qualquer um perdido, as descrições detalhadíssimas atrapalham o caminhar da trama que melhora um pouco da metade pra frente. Imagina você estar começando a se empolgar com a trama e o autor gasta um parágrafo descevendo a metralhadora de um helicóptero... É mais ou menos por aí...


Sem contar que existem pequenos lapsos que eu detesto presenciar, como por exemplo:
"Jack tira do bolso um disco dourado que havia pego no salão principal da fortaleza de Aslan". Isso me dá a impressão de livro mal escrito e o autor precisa inventar coisas para preencher buracos que foram deixados lá atrás.


Bom, critiquei demais, mas o livro tem seu que de interessante sim, pois, no final do livro, Gibbins explica alguns pontos onde as teorias são de fato reais e por exclusão dá para entender o que foi fantasioso no livro e o que não foi. A descrição feita pelo autor da cidade, vila, lugar que equivaleria à cidade perdida ficou algo bem verossímil ao meu ver. Não foi algo "hollywoodiano" e achei que isso foi legal. No fim, as observações e dados históricos levam à uma descrição "real" do que poderia ser a cidade perdida.


Bom, se eu recomendo ou não, depende do leitor que você é... Eu fiz uma forcinha para terminar pois a trama não caminhava bem justamente pelo modo de escrever de Gibbins, então, a leitura é por sua conta e risco.

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3 comentários:

  1. Olá Thiago! Li o livro, e concordo com a sua crítica. O Jack é muito super-homem para um arqueólogo, xD (e o pior é que no segundo livro do Gibbins, "A Cruzada de Ouro", essa característica dele fica ainda pior, rss...apesar que esse segundo livro tem uma trama levemente mais interessante, IMO).A história é legalzinha, mas é daquelas que você já começa a esquecer logo após o final da leitura...e é fato que falta (muito) carisma aos personagens (apesar de eu ainda gostar um pouquinho do Costa, mais pelo "A Cruzada de Ouro" do que por esse...).Enfim, dá para ler para passar o tempo, mas é o tipo de leitura que não te acrescenta nada. Até troquei esse livro no Trocando Livros...mas confesso que antes de enviar o livro tive ímpetos de arrancar a capa e guardá-la para mim, xD.

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  2. “A Cruzada do Ouro” em poucas palavras: a história é medíocre, a narrativa é pobre e como escritor David Gibbins é um excelente arqueólogo.
    Mas hey, se não acreditam leiam pelos seus próprios olhos: http://portugues.free-ebooks.net/ebook/A-Cruzada-do-Ouro

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  3. Comecei a ler o livro agora mesmo,embora não seja o tipo de literatura que me agrade, uma vez que não me preocupo com histórias, enredos e personagens, mas sobretudo com a linguagem, o estilo, vejo que o livro não foge do comum do que se escreve atualmente, visando mais satisfazer o leitor, distraindo-o, do que qualquer outra coisa. Neste sentido talvez o autor tenha conseguido atingir seu objetivo, embora o resenhista tenha-se referido a longas passagens descritivas que poderiam ficar de fora. Este de digressão, também a tenho no meu romance Noite em Paris que está sendo publicado no blogue de mesmo nome na plataforma blogspot. Se eu merecer uma visita do resenhista e comentário, ficaria muito lisonjeado.

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